segunda-feira, 11 de outubro de 2010

A queda de Adilson em sete atos Pressão da torcida, teimosia, críticas a jogadores... Confira os principais motivos que levaram à demissão do treinado

A diretoria do Corinthians tentou dar um ar de “comum acordo” à saída de Adilson Batista do comando do time. Mas não foi bem assim. Insatisfeita com o rendimento da equipe nas últimas cinco rodadas do Brasileirão (três derrotas e dois empates), a cúpula alvinegra viu a situação ficar insustentável. E apostou na demissão como solução, muito embora leve a público um discurso contrário.

Uma série de fatores levou ao fim da Era Adilson no Parque São Jorge. Insatisfações de ambos os lados, lesões, tropeços... Aqueles ingredientes tão conhecidos no futebol, aqueles que juntos transformam o dia-a-dia do trabalho mais difícil. O técnico não brigou com ninguém, mas dentro do jogo político do Corinthians não tinha mais clima para ele seguir seu trabalho.

Confira abaixo quais foram os principais motivos que levaram à demissão do técnico, que pegou o time na liderança e largou em terceiro, depois de 17 jogos, sete vitórias, quatro empates e seis derrotas, aproveitamento de 49%

Teimosia com Thiago Heleno
Um dos primeiros pedidos de Adilson Batista à diretoria do Corinthians foi a contratação de Thiago Heleno, com quem havia trabalhado no Cruzeiro. O zagueiro, porém, virou alvo da torcida por conta do fraco rendimento. Mas o técnico insistiu. No último jogo, por sinal, deixou Paulo André, um dos líderes do grupo, fora até do banco de reservas. Para piorar, iniciou com Chicão, recuperado de lesão no joelho direito, na reserva e depois sacou William para a sua entrada, mantendo Heleno.

Críticas a Matías Defederico

Não é segredo que o argentino ainda não conseguiu mostrar o motivo de ter sido contratado por R$ 7 milhões. Mas ao mesmo tempo, a diretoria o protege de críticas para não desvalorizar o meia. Afinal, se houver uma boa oportunidade é a chance de recuperar o dinheiro investido. Eis que esta semana, ao falar sobre o argentino, Adilson deixou claro que não apreciava o futebol do jogador. Falou com todas as letras que ele não era regular e não tinha função tática.

- Não adianta ele vir para mim e pedir para jogar aqui ou ali, tem de ser onde o time precisa. Aí as pessoas vêm falar que ele fez um bom jogo com o Ceará (o gol de empate foi do argentino), mas ele driblou quantas vezes? Fez quantas jogadas? O que ele fez foi um gol cagado... – disse o treinador, lembrando que o jogador bateu uma falta cruzado para área e a bola entrou direto.

.Pressão da torcida

Adilson Batista não gostou de ver a diretoria e quatro jogadores (Alessandro, Paulo André, Roberto Carlos e William) reunidos com representantes da maior organizada do clube. Isso aconteceu no último sábado, durante o treinamento no CT do Parque Ecológico. Além disso, o técnico viu que a Fiel estava pegando demais no pé de alguns jogadores defendidos por ele, como Thiago Heleno e Moacir. O fato estava atrapalhando o rendimento desses atletas, que se mostraram nervosos em campo.

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